02/06/2021

Para marcar a abertura da programação especial sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, que acontece no próximo sábado, 5 de junho, a Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade – CFB, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, promoveu nesta semana os eventos on-line “Caminhos e experiências da SIMA em Sistemas Agroflorestais”, e “Sistemas Agroflorestais em Áreas Protegidas”.

O SAF é um sistema de uso da terra em que espécies lenhosas perenes (árvores e arbustos) são cultivadas associadas com plantas herbáceas (culturas agrícolas e pastagem) com interações entre esses componentes. A produção agroflorestal contribui com a promoção da biodiversidade, melhoria da qualidade dos solos, controle de erosão, menor uso de água, redução de pragas, doenças e ervas daninhas, dispensando ou reduzindo o uso de agrotóxicos. O sistema é uma alternativa de restauração produtiva para Reservas Legais e, no caso de agricultores familiares, para Áreas de Preservação Permanente.

Durante os dois eventos, foram apresentados os detalhes da implantação dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) e experiências a partir do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II, incluindo assistência técnica e extensão rural, os desdobramentos em políticas públicas dentro da secretaria, as percepções do ponto de vista dos agricultores, os desafios, avaliações e resultados do projeto, bem como, a importância e as funções do SAF implantado dentro das áreas protegidas, como Áreas de Preservação Permanente – APPs e Reservas Legais. O Subsecretário de Meio Ambiente da SIMA, Eduardo Trani, detalhou a importância do tema: “É muito oportuno o compartilhamento público dessas experiências tão exitosas. Por meio das melhores práticas e caminhos adotados, é o que nos dará alento para que isso aumente em escala e traga sobretudo um grande benefício para a população, para a sociedade, geração de emprego, renda, e a preservação do meio ambiente com a conservação das nossas florestas”.

As iniciativas, por parte da SIMA, de incentivo à implantação de Sistemas Agroflorestais no PDRS propiciaram para várias famílias a aproximação ou conversão a um sistema produtivo mais saudável e diverso, em substituição à monocultura convencional antes praticada. Os resultados tornaram essa experiência a maior política pública voltada a sistemas agroflorestais no Estado de São Paulo.

Na oportunidade, Renato Nunes, da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, explicou um pouco como os SAFs podem ser utilizados para a recomposição da vegetação garantindo as características, importância e funções das Reservas Legais. “Na implantação e nos manejos desse tipo de SAF em Reserva Legal devem ser considerados os indicadores de restauração ecológica, e todas as práticas realizadas, as espécies implantadas e o cronograma de atividades previsto no projeto de restauração”. “No caso das faixas de recomposição obrigatória das Áreas de Preservação Permanente – APPs dos imóveis de agricultores familiares é possível realizar um SAF, chamado Exploração Agroflorestal, considerada uma atividade de baixo impacto e que segue indicadores próprios que buscam garantir as funções ambientais dessas áreas, sem a necessidade da recomposição da vegetação”, concluiu.

“Toda essa experiência também serviu de base para a elaboração do livro, “Biodiversidade como fonte de renda na agricultura familiar: caminhos, desafios e aprendizados do PDRS”, que por meio de relatos reais, conta a história do projeto, desde sua concepção, preparação, editais, critérios de escolha, até a execução, relacionamento com parceiros, desafios administrativos e estratégias de apoio à gestão. O livro estará disponível para o público no site da secretaria, até o fim do mês de junho”, registrou a assessora da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, Neide Araújo.

Além disso, foi anunciada a publicação da Portaria CFB 07 de 2021 que dispõe sobre o Protocolo de Monitoramento das áreas submetidas à Exploração Agroflorestal em Áreas de Preservação Permanente – APP e Reserva Legal – RL.

Os eventos contaram com a participação da Diretora do Departamento de Fomento à Proteção da Biodiversidade, Isabel Fonseca Barcellos;  Helena Carrascosa,  da Unidade de Gestão de Projetos da SIMA, Fernanda Peruchi, do Instituto Florestal; Lilia Belluzzo, Chefe da Divisão de Avaliação de Políticas Sociais da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE); dos representantes da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Guaraci de Oliveira e Kenia Barbosa; Vitória Duarte Derisso, Engenheira Florestal, e do Instituto de Pesquisas Ecológicas, Haroldo Borges Gomes.

 

Para rever acesso os links: https://www.youtube.com/watch?v=eqjKChLSrd4

https://www.youtube.com/watch?v=3EdS2QWigBM