30/06/2022

Entre os dias 25 de junho e 03 de julho acontece na Inglaterra “A Semana de Ação Climática de Londres 2022 – London Climate Action Week”. O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, foi convidado pela Embaixada Britânica para apresentar o Plano de Ação Climática São Paulo – PAC 2050, que visa atingir a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050, conforme o compromisso assumido na adesão das campanhas Race to Zero e Race to Resilience, da ONU.

O coordenador da CPLA – Coordenadoria de Planejamento Ambiental da SIMA, e coordenador executivo do PAC 2050, Gil Scatena, representou a Secretaria no evento, participando de reuniões, debates e discussões sobre as questões de mudanças climáticas, compartilhando informações e experiências do Estado. “Nós fizemos as diretrizes do PAC 2050, ou seja,  as linhas principais que o nosso plano tem que alcançar para atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa em 2050. Significa descarbonizar a economia de São Paulo e naquilo que for impossível não emitir, compensar com outras estratégias”, disse Scatena.

O PAC 2050 foi apresentado na COP26, realizada em Glasgow no ano passado, que fez com que houvesse uma aproximação com o governo britânico em relação à política climática. “Fizemos uma reunião com o Comitê de Mudanças Climática do Reino Unido (Climate Change Committee). Foi muito interessante poder conhecer a experiência e o processo de trabalho deles para a melhoria das políticas públicas voltadas para as mudanças climáticas”, pontuou Gil.

Outra inciativa que chamou atenção dos investidores europeus foi o ReflorestaSP, uma vez que empresários e governos possuem interesse em promover o mercado de carbono focado no reflorestamento. “Ficaram interessados no ReflorestaSP e na capacidade paulista de prover informações, segurança jurídica e estrutura regulatória e pública para garantir que estes investimentos não terão riscos de “greenwashing””, ressaltou Gil.

São Paulo e o Reino Unido possuem similaridades nos programas de governança na busca por soluções para zerar as emissões líquidas de gases de efeito até 2050. A adesão do estado aos programas da ONU, Race to Zero e Race to Resilience, aproximou os governos que estudam a possibilidade de parcerias, troca de experiências e financiamentos. A ilha britânica, assim como São Paulo, tem espaços muito urbanizados, uma economia industrial e urbana conjugada com grandes áreas rurais e abertas.

“Aproveitando a agenda de diálogos da semana, debatemos sobre governança, novas tecnologias, financiamento e recursos disponíveis para as ações de mudanças climáticas, de acordo com o interesse de investimento do Reino Unido em São Paulo”, finalizou Scatena.