
04/07/2022
Nesta segunda-feira (4), o diretor do projeto Biota Síntese – Núcleo de Análise e Síntese de Soluções Baseadas na Natureza, Jean Paul Metzger (USP) e o vice-diretor Rafael Barreiro Chaves (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente – SIMA), apresentaram os resultados iniciais para o subsecretário de Meio Ambiente, Eduardo Trani, em uma reunião híbrida, que contou com a participação de vários pesquisadores envolvidos no desenvolvimento do projeto e integrantes de diversas áreas da SIMA.
“Economia verde e restauração ecológica se tornaram uma prioridade de governo dessa gestão. Essas demandas vão ao encontro das nossas conversas iniciais para a elaboração do Projeto Biota Síntese. Estou orgulhoso de estar aqui e quero agradecer a todas as instituições apoiadoras do projeto”, disse Trani.
Jean Paul fez uma breve introdução do projeto, apresentando os quatro desafios temáticos e informando que o trabalho realizado nos primeiros cinco meses é o início de uma jornada de cinco anos, que conta com mais de 20 instituições parceiras e o financiamento da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Na sequência, apresentou a estrutura do documento chamado “Contribuições ao Plano de Ação Climática do Estado de São Paulo”, que inclui um resumo executivo organizado em sete estratégias, todas elas pautadas nas soluções baseadas na natureza.
“O projeto trabalha na interface entre ciência e implementação de política pública, a gente quer ter soluções que são ao mesmo tempo boas em termos ambientais, sociais e econômicos, que sejam mais resistentes e mais resilientes. O conceito de soluções baseadas na natureza engloba conservação, ações de restauração ou manejo sustentável, na medida em que você tem tanto benefícios ambientais, quanto sociais em áreas rurais e urbanas”, explicou Jean Paul.
Rafael lembrou que o evento de lançamento do projeto foi realizado em maio deste ano com a presença do secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fernando Chucre, e pontuou que, desde o início da formulação do Biota Síntese em 2020, houve um grande envolvimento da SIMA com contribuições e indicações das demandas de política pública que pudessem ser abordadas e apoiadas pela ciência.
“A proposta para 2022 foi que o projeto pudesse colaborar no curto prazo, usando o que chamamos de inovação acionável, ou seja, que não apenas aponta o conhecimento já disponível para apoiar uma política pública como considera sua viabilidade de aplicação, compatibilizando assim o tempo da execução do projeto com o tempo da gestão pública”, informou Rafael.
Eduardo Trani resumiu a importância das ações apresentadas e destacou sua aplicação ao cumprimento das metas do Plano de Ação Climática do Estado. “Tenho certeza de que o documento que vocês fizeram será fundamental para contribuir com as políticas públicas do Estado. Precisamos ter agilidade com inovação, por isso adorei o termo ‘inovações acionável’ que vocês apresentaram. Estou muito feliz, por que deu certo a aposta na parceria entre universidade e poder público.”
Projeto Biota Síntese
O projeto integra o programa Ciência para o Desenvolvimento da Fapesp, como um dos Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP), e tem apoio de três secretarias do Governo de São Paulo: Secretaria de Agricultura e Abastecimento; Secretaria de Saúde e Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. As ações estão integradas com as medidas, diretrizes e estratégias para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa e promover as adaptações para as mudanças climáticas até 2050, dentro dos programas da ONU Race to Zero e Race to Resilience, aos quais o Governo aderiu.