Seminário discute avanços para o mercado de gás natural em SP

31/03/2023

Encontro reuniu agentes do setor com o objetivo de impulsionar abertura com o novo marco regulatório, promover o mercado livre e ampliar a competividade

Avanços e desafios para o gás natural em São Paulo, a abertura do mercado, a promoção de um mercado livre e o aumento da competitividade do setor foram discutidos nesta quinta-feira (30), no seminário “Mercado de Gás Natural no Estado de São Paulo”, promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística – SEMIL, no Auditório Augusto Ruschi, com transmissão também pelo YouTube. As apresentações consolidam o cenário após a entrada em vigor do novo marco regulatório, sobretudo, nos desafios de um mercado com potencial de aumento de demanda e em processo de pulverização de agentes econômicos em todos os elos da cadeia.

Além da secretária Natália Resende (Semil), participaram da mesa o secretário Rafael Benini (Secretaria de Estado de Parcerias em Investimentos), a subsecretária de Energia e Mineração Marisa Barros (Semil), o diretor presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Marcus Vinicius Bonini, e o diretor do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Artur Watt. O evento contou ainda com apresentações do MME, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), da Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto (ATGÁS) e da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Também estiveram presentes no encontro representantes de produtores, transportadores, grandes consumidores, associações e outros interessados.

Foram abordados temas como simplificação de contratos e uso de aplicativo para aquisição de gás. O modelo de “piscina” com mais competição, onde os distribuidores compram gás de diferentes fornecedores de um mesmo ponto, foi também destacado como um avanço. Neste modelo, por exemplo, uma distribuidora da Bahia pode comprar e receber gás do pré-sal por meio da malha integrada de gasodutos do Nordeste a Sul do País. O órgão regulador estadual apontou avanços no mercado livre e na inserção do biometano na matriz energética paulista, com oportunidades de melhorias.

A reunião de todos os setores ligados ao gás natural num mesmo espaço para discussão de caminhos comuns foi destacada pela secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. “Um dos pontos principais na estrutura da secretaria é o gás. É o gás natural, como vemos a questão da oferta, o biometano, como podemos estimular e incentivar essas políticas públicas. Estamos todos juntos nessa linha, nesse esforço, em um encontro proveitoso”, avaliou Natália Resende na abertura do seminário.

O novo ciclo de investimentos em gasodutos de transportes prevê R$ 18 bilhões em projetos de expansão da malha até 2030, de acordo com a ATGÁS. Boa parte deles, segundo os dados, está concentrada no Estado de São Paulo, que além de ser o maior consumidor do produto no país, com cerca de 15 milhões de m³/dia, tem a maior malha de gasodutos, totalizando 24 mil km. Dos R$ 7,5 bilhões para investimentos no chamado corredor Pré-sal Sul, cerca de R$ 5 bilhões serão alocados no Estado como forma de reforçar o suprimento paulista de gás.

O fim do evento foi marcado pela participação do público presente com relevantes contribuições. “O seminário lançou a pedra fundamental para construção de um mercado de gás natural em São Paulo mais aberto e mais livre, com ganhos de competitividade para indústria, esse é um importante vetor energético para o Estado, ao lado do biometano, no contexto transição energética”, avaliou a subsecretária Marisa Barros.

Acesse aqui o formulário para contribuições ao trabalho do mercado de gás natural no Estado de São Paulo: https://forms.office.com/r/aF8CX1KBiP