
04/05/2023
Instituída nesta terça (02/05) pela coalizão “Governadores pelo Clima”, iniciativa visa políticas conjuntas e apoio internacional; Semil irá coordenar ações do Bioma Cerrado
Lançado em 2021, durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP26), o Consórcio Brasil Verde foi oficialmente instituído nesta terça-feira (2/05). A iniciativa criada pela coalizão “Governadores pelo Clima”, que representa os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, tem o objetivo de promover o desenvolvimento de cadeias econômicas que sirvam de alternativa às populações mais vulneráveis, além de elaborar ações de regeneração ambiental e redução de emissões de carbono e dos riscos associados às mudanças climáticas.
Com a formalização do “Consórcio Brasil Verde”, os estados irão trabalhar de forma conjunta em projetos na área de modo a fortalecer a governança socioambiental e climática do país, além de buscar financiamentos internacionais para projetos específicos. A cooperação entre os estados auxiliará ainda a enfrentar as mudanças climáticas e a cumprir as metas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris, de 2015.
O consórcio pretende ainda melhorar a compreensão das necessidades regionais e o encaminhamento das agendas políticas, com o incentivo à adoção de tecnologias mais limpas e o fomento às pesquisas científicas, tecnológicas, socioeconômicas e jurídicas, com vistas ao desenvolvimento de atividades e projetos para enfrentar as mudanças climáticas globais. Busca ainda estruturar uma rede de monitoramento climatológico e oceanográfico, além de incentivar o uso racional de energia.
A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, ressaltou a importância da iniciativa, que vai ao encontro do Plano de Ação Climática do governo paulista. “Estamos felizes em fazer parte deste grupo por ser uma oportunidade excelente de compartilharmos experiências como o Plano de Ação Climática de São Paulo. Com a ação conjunta, avançaremos ainda mais nas discussões, em busca do objetivo comum da neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa. Teremos muitas novidades para apresentar na próxima COP”, afirmou Natália Resende.
Também na terça-feira (02/05), o Estado de São Paulo foi nomeado coordenador do Bioma Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul e do Brasil, atrás apenas da Amazônia. “Estamos muito honrados em fazer parte deste grupo e estarmos à frente das ações em torno do Cerrado, uma das áreas de maior diversidade biológica do mundo”, finalizou Natália Resende.
Sobre o PAC
O Plano de Ação Climática (PAC 2050), em análise das contribuições recebidas após consulta pública, traz ações concisas e robustas com objetivos intermediários para 2030, em busca da neutralidade das emissões até 2050.O PAC contém estratégias de mitigação para os principais setores da economia, como transportes e agropecuária, mas também florestas e uso do solo; energia; resíduos; indústria e uso de produtos. A elaboração do documento atende aos compromissos públicos assumidos pelo Governo de SP e se soma às medidas adotadas nacional e internacionalmente com o objetivo de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa. Vale lembrar que São Paulo é signatário das campanhas “Race to Zero” e “Race to Resilience”, conduzidas pela ONU.