
13/12/2021
O total de área atingida por incêndios em Unidades de Conservação paulistas durante a Fase Vermelha da Operação Corta-Fogo foi 41% menor em 2021, se comparado a 2020. No ano passado, de junho a outubro, foram registrados 21.507 hectares de vegetação queimada. Em 2021, esse número caiu para 12.669 hectares.
O número de focos de incêndios florestais também teve queda. Em 2020, de junho a outubro, foram registrados 210 focos. Em 2021, o número caiu para 192.
A queda nos números pode ser explicada por exemplo pelo aumento do número de obras nas áreas de conservação para evitar a propagação do fogo, a aquisição de equipamentos, o preparo das equipes e também a conscientização da população no sentido de evitar o aparecimento dos focos. Desde o início do ano, como medidas preventivas, a Fundação Florestal vem executando aceiros, cacimbas, acertos de estrada e outras ações nas áreas protegidas. Em 2021, a FF investiu mais de R$10 milhões na operação com recursos próprios e da Câmara de Compensação Ambiental.
A Fase Vermelha da Operação Corta-Fogo (de junho a outubro) compreende ao período do ano considerado o mais complicado em relação aos incêndios florestais, pois coincide com o período de estiagem. A falta de chuva está entre os fatores que podem aumentar a ocorrência de focos: o clima seco resseca as folhas e favorece a propagação de queimadas, danificando a vegetação e vitimando animais silvestres. É exatamente neste período que as campanhas de prevenção são intensificadas e que as equipes de combate permanecem em alerta para combater o fogo.
Para o Coordenador de Fiscalização e Biodiversidade da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), Sérgio Marçon, que atua na cooordenação-excutiva da Operação Corta- Fogo, a redução nos números é fruto de ações conjuntas e coordenadas entre os órgãos, do investimento na prevenção e em equipamentos por parte da Fundação Florestal, e mostra que apesar de serem influenciados por fatores climáticos, os incêndios florestais podem ter seus impactos minimizados.
A partir de novembro, entra em vigor a Fase Verde da operação, que prioriza o planejamento das ações de combate ao fogo para o período de estiagem do ano seguinte.
Fases da Operação Corta-Fogo Fase Verde: (janeiro a março, novembro e dezembro). Essa fase é dividida em duas etapas. A primeira delas, de janeiro a março, é dedicada a atividades de planejamento e início das medidas de prevenção e preparação. No fim do ano, é realizada uma avaliação da temporada de incêndios e são iniciados os preparativos para o ano seguinte.
Fase Amarela: (abril e maio). A fase Amarela requer foco nas ações preventivas e de preparação para enfrentar os incêndios florestais. Nessa fase, as atividades de treinamento, capacitação, elaboração e revisão de planos preventivos e de contingência ganham prioridade.
Fase Vermelha: (de junho a outubro). Nessa fase, as ações de combate ao fogo e de fiscalização repressiva são priorizadas e as estratégias de comunicação e campanhas preventivas ganham reforço.
Operação Corta-Fogo
Em 2010, o estado de São Paulo instituiu o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que visa, dentre outras ações, a diminuir os focos de incêndio no estado e estimular o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal.
Esse sistema, chamado de Operação Corta-Fogo, é composto por diversos órgãos e desenvolve uma série de atividades de forma permanente, de acordo com as necessidades e priorizações que cada período exige, dentro de um cronograma ao longo do ano.
Órgãos participantes da Operação Corta-Fogo
Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC)
Corpo de Bombeiros
Polícia Militar Ambiental
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)
Fundação Florestal
A coordenação do sistema é feita pela CFB – Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.
Saiba mais em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cortafogo/