09/06/2022

O segundo dia da WBio2022 foi marcado por diversos debates sobre Meio Ambiente e Biodiversidade. A expectativa dos organizadores é que durante os três dias do encontro sejam firmados intercâmbios técnicos, parcerias internacionais e oportunidades para projetos ambientais.

“Esse encontro traz para a reserva como um todo, grandes subsídios, grandes inspirações para a nossa participação na agenda global. Nós já trabalhamos com monitoramento da CDB na Mata Atlântica, entre outras ações, e nós precisamos dialogar com os nossos parceiros locais, nacionais e internacionais e esses encontros são riquíssimos para todos”, completa Heloisa Dias, secretária executiva da reserva da Biosfera da Mata Atlântica.

Para a pesquisadora do Instituto de Pesquisas Ecológicas, Simone Tenório, “Ontem nós tínhamos 480 participantes, e esse número é muito relevante, pois precisamos valorizar as políticas governamentais e trazer um olhar e um raciocínio intersetorial para as ações que deverão sair daqui. As oficinas de ontem, foram o primeiro passo, pois os participantes puderam colocar seus anseios e suas experiencias criando um leque de visões e oportunidades. Acredito que a partir de hoje, até amanhã, teremos propostas mais definidas, e acredito que sairemos daqui com diretrizes mais definidas. É a construção de novas propostas e de novos rumos”.

Já Mario Mantovani, da Associação Nacional dos Municípios do Meio Ambiente, pontua “que um dos elos mais importantes da retomada da convenção da biodiversidade porque nós tivemos 10 anos que foram praticamente perdidos devido aos problemas que nós tivemos principalmente no Brasil, com destruição total das questões ambientais. Mais o que a gente viu que a parte dos governos locais que tem as suas partes de conservação, tem as políticas de meio ambiente e os planos de biodiversidade como na Mata Atlântica, eles são um elemento base para que nós possamos fazer com que a questão da biodiversidade possa chegar no dia a dia das pessoas”.

Para o geógrafo da USP, Claudio Mareti, “esse encontro foi riquíssimo e várias ideias foram colocadas na mesa. Falei não só as minhas reflexões sobre o tema, como também apresentei um estudo desenvolvido por centenas de pesquisadores e colaboradores sobre a conservação colaborativa de áreas protegidas, que envolvem questões voltadas para a saúde e bem estar e para o enfrentamento das mudanças climáticas”, finaliza.