
11/03/2015

Operação Itatins, concentrou esforços no trecho da costa próximo à Estação Ecológia Juréia-Itatins, em Peruíbe
Cinco embarcações, da Polícia Militar Ambiental e da Fundação Florestal, realizaram na terça-feira, 10/3, uma operação ao longo da costa paulista, entre Guarujá e Cananéia, para fiscalizar as atividades dos barcos pesqueiros com a finalidade de coibir a pesca de camarão por meio de rede arrasto, durante o período de reprodução e crescimento da espécie, que se estende de 1º de março a 31 de maio.
Essa modalidade de pesca causa impactos no ecossistema marinho, por se tratar de uma atividade não seletiva, pois captura peixes e outras espécies do mar, e não somente o camarão.
A ação, denominada Operação Itatins, concentrou esforços no trecho da costa próximo à Estação Ecológia Juréia-Itatins, em Peruíbe, realizando abordagens em 5 embarcações pesqueiras, todas em situação regular. Nesse contato, os policiais ambientais alertaram os pescadores da necessidade de respeitar o período de defeso dos camarões, para possibilitar a reprodução da espécie.
Ação foi coordenada pelo Sistema Integrado de Monitoramento Marítimo (SIMMar), criado para organizar a atuação da Coordenadoria de Fiscalização Ambiental e Fundação Florestal, ambas da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), e da Polícia Ambiental do Estado, nas ações de prevenção e controle da pesca predatória no litoral paulista.
A fiscalização envolveu 25 pessoas e cinco embarcações da Polícia Ambiental, Fundação Florestal e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), que contaram com o apoio de quatro bases terrestres no Guarujá, Itanhaém, Iguape e Cananéia; uma base para abastecimento e alimentação, em Peruíbe; e uma central de apoio e monitoramento, no Parque Estadual Marinho Laje de Santos. A operação teve ainda o apoio do Ibama e do Instituto de Pesca, vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.
Segundo a coordenadora de Fiscalização Ambiental da SMA, Fernanda Bandeira de Mello, além de coibir as práticas ilegais, a operação é um instrumento de conscientização social, tanto dos pescadores, como dos consumidores, evitando-se a captura do camarão no período de março a maio.