21/07/2015

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Reduzir os riscos de desastres ambientais,  protegendo e recuperando os nossos mananciais e recursos hídricos, mitigando as emissões de poluentes na atmosfera e planejando ambientalmente a ocupação territorial. Esse é o desafio da terceira diretriz da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA) para a gestão 2015-2018, que teve algumas de suas ações apresentadas na 332ª reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), realizada na terça-feira, 21 de julho. Além das ações previstas relacionadas à vulnerabilidade ambiental, a secretária Patrícia Iglecias apresentou o Panorama da Agenda Paulista de Mudanças Climáticas , que será levada à COP 21, a grande conferência internacional a ser realizada no fim do ano em Paris, cuja agenda é chegar a um acordo global sobre mudanças do clima, para entrar em vigor em 2020.

De acordo com a secretária do Meio Ambiente, o Estado de São Paulo construiu uma agenda de mitigação e vulnerabilidade para enfrentar o problema. A proposta da SMA, que já vem mantendo negociação com os setores produtivos,  é de criar protocolos setoriais com a área industrial e econômica. “Os protocolos serão voluntários e foram desenhados para quem já atua com a prática da sustentabilidade. É também uma maneira de dar mais eficiência para as atividades econômicas e promover a competitividade. E o objetivo é a redução das emissões de gases do efeito estufa”, explicou.

Ricardo Vedovello, diretor do Instituto Geológico (IG), fez uma apresentação sobre a cadeia montanhosa da Serra do Mar e como enfrentar eventos extremos que podem causar sérios prejuízos a esse patrimônio natural. Ele explicou que o Instituto Geológico (IG) trabalha para a prevenção de desastres naturais, com a criação de uma estratégia integrada de prevenção e de resposta a desastres ambientais, e também quanto ao monitoramento e fiscalização das áreas de risco, com o desenvolvimento de mecanismos de convivência em situações de acidentes químicos – por causa da proximidade do parque industrial de Cubatão – e geoambientais. 

Vedovello também destacou a necessidade de equilibrar a capacidade do Estado de trabalhar com desastres naturais e garantir desenvolvimento sustentável das áreas de preservação, por meio de um trabalho de integração com outros órgãos e secretarias estaduais. Um bom exemplo de integração de políticas setoriais, ressaltou Vedovello, é o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, cujas intervenções habitacionais são pensadas em conjunção com a Política Estadual de Meio Ambiente.

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