
20/08/2015

Loefgrenianthus blancheamesiae, cujo nome homenageia Alberto Löfgren (foto: Dalton Holland Baptista/CC-BY-SA 3.0)
Dando continuidade à série de matérias sobre as personalidades que dão nome aos parques de São Paulo, hoje apresentamos o ilustre homenageado no Horto Florestal da cidade de São Paulo.
Alberto Löfgren, grande defensor da preservação das matas e grande estudioso da flora nacional, nasceu na Suíça em 1854. Formado em filosofia e ciências naturais, chegou ao Brasil em 1874, integrando a expedição do naturalista Anders Regnell para exploração da botânica de São Paulo e Minas Gerais. Ao fim da expedição, em 1877, Löfgren decidiu ficar no país.
No ano de 1883, foi contratado para organizar o Museu Sertório, que deu origem ao Museu do Estado, posteriormente chamado de Museu Paulista (mais conhecido como Museu do Ipiranga). Na época, o acervo trazia objetos e documentos de valor mineralógico, zoológico, arqueológico, etnográfico e histórico. Em 1886, tornou-se ajudante-botânico, encarregado de iniciar os estudos da fauna e flora da província paulista.
Realizou também estudos meteorológicos, primeiramente em sua casa, no centro de São Paulo, e depois no Jardim da Luz, onde foi instalada em estação meteorológica em 1888. Por iniciativa de Löfgren, a partir de 1894, é inserido o ensino de meteorologia para meninos na Escola Normal, situada na Praça da República, para onde se foi transferida a estação meteorológica do Jardim da Luz..
Em 1896, Löfgren realizou um antigo desejo – construir o Horto Botânico -, implantado na região da Serra da Cantareira, mais tarde chamado Parque Estadual Alberto Löfgren – Horto Florestal, do qual foi diretor de 1907 a 1909. Foi responsável pela criação dos Hortos Florestais de Juazeiro-BA e Quixadá-CE e diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O botânico faleceu no ano de 1918, deixando um imenso acervo de 44 anos de estudos sobre a flora do Brasil. Em sua homenagem, a espécie de orquídea descrita por ele chama-se Loefgrenianthus blanche-amesiae, nome proposto por Frederico Carlos Hoehne, botânico brasileiro responsável pela criação do Jardim Botânico.
Atualmente, o Parque Estadual possui uma vasta fauna e flora em uma área de 187 hectares. Há atrações como trilhas interpretativas, teatro de fantoches, oficinas, além de espaços para piqueniques, prática de exercícios e caminhadas. O local contribui para a conscientização ambiental através de atividades educacionais com escolas da rede pública e privada.
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