07/01/2016

Dos 171 pontos de monitoramento nas praias paulistas, 114 foram considerados próprios para o banho de mar, segundo o boletim de balneabilidade divulgado nesta quinta-feira, pela CETESB. Apenas 14 praias estão impróprias para a balneabilidade.

Na Baixada Santista e Litoral Sul, todas as praias de Santos, Bertioga, Itanhaém, Peruíbe, Iguape e Ilha Comprida, estão com qualidade boa. Apenas as praias do Milionários, Gonzaguinha e Prainha, de São Vicente, estão impróprias. Em Praia Grande, não estão em boa qualidade as praias da Vila Mirim, Vila Caiçara, Real e Jardim Solemar. Já em Mongaguá, somente a praia da Vila São Paulo (Itapoã) recebeu classificação ruim. Também em Guarujá a praia do Perequê foi considerada imprópria para banhos.
No Litoral Norte, das 33 praias de Ubatuba e Ilha Anchieta, somente um trecho de Itaguá e Perequê-Mirim, foram classificadas como impróprias. Em Caraguatatuba, todos estão em boas condições. Também em São Sebastião, das 29 monitoradas, somente um trecho da praia de Boracéia e a Prainha estão impróprias. E, na Ilhabela, das 18 praias da ilha, somente a do Portinho apresenta condição ruim de balneabilidade.

Praias impróprias

Segundo critérios estabelecidos na Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), vigente desde janeiro de 2001, as praias são classificadas em relação à balneabilidade, em duas categorias: Própria e Imprópria.

Atendendo a essa resolução, o critério adotado pela CETESB para águas marinhas considera que, se a densidade de enterococos for superior a 100 UFC (Unidades Formadoras de Colônias)/100 mL, em duas ou mais amostras de um conjunto de cinco semanas, ou superior a 400 UFC/100 mL na última amostragem, a praia é considerada Imprópria para recreação de contato primário.

Riscos à saúde

Quando uma praia é classificada como Imprópria, os banhistas se expõem ao contato com microrganismos patogênicos, tais como vírus, bactérias, fungos, protozoários patogênicos e ovos de helmintos, causadores de várias doenças, sendo a gastroenterite a mais comum nessas situações. Outras doenças associadas à água poluída por esgoto, menos graves, são infecção de olhos, ouvidos, nariz e garganta.

No período de verão, junto com as férias escolares, a procura por banhos de mar se torna maior e, também nesta época, as chuvas são mais intensas, podendo ocasionar mudanças mais rápidas na qualidade da água do mar. Por isso, recomenda-se que os banhistas fiquem atentos ao Boletim de Balneabilidade das Praias Paulistas da CETESB, atualizado semanalmente neste link.

Texto: Rosely Ferreira e Newton Miura

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