06/02/2016

Crédito: Cetesb

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A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) concluiu parte da análise da água coletada após o rompimento de um talude em Jacareí, que lançou resíduos de mineração de areia no rio Paraíba do Sul. O vazamento foi estancado às 13h20. A CETESB e o Instituto Geológico seguem monitorando o local.

Além de alterações na turbidez, a varredura de metais mostrou a presença de alumínio e ferro acima dos valores de referência de qualidade da água estabelecidos pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). O resultado está dentro do esperado, dadas as características do solo da região, propício ao acúmulo de ferro e alumínio. Nas concentrações encontradas, os dois metais não oferecem riscos à fauna aquática e à saúde humana.

Foram coletadas amostras de água em pontos à montante (antes) e à jusante (adiante) do local do rompimento, bem como no próprio local do rompimento. As amostras ainda serão analisadas quanto à presença de sólidos em suspensão.

As três varreduras: turbidez, metais e sólidos, são parte do protocolo da CETESB para análises da qualidade da água em casos como este. A previsão de divulgação da análise de sólidos é domingo (07.02).

Crédito: Cetesb

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Acidente

O acidente aconteceu na sexta-feira (05.06) em uma cava de areia da mineradora Rolando Comércio de Areia Ltda.. A empresa encontrava-se com suas atividades de extração e beneficiamento de areia em operação, numa cava próxima ao rio Paraíba do Sul, no bairro Meia Lua, em Jacareí. Ela lançava as águas residuárias, provenientes do beneficiamento, na lagoa da mineração Meia Lua 1, que por sua vez encontrava-se com suas atividades paralisadas.

Com o lançamento, houve não só alteração da qualidade da água da lagoa, com aumento de turbidez, como também elevação do seu nível, o que acabou por provocar o rompimento do talude, instalado entre a lagoa e o rio.

Ambas as mineradoras têm licença ambiental de operação da CETESB. A Meia Lua 1 está em processo de renovação da licença e, por isso, está com suas atividades paralisadas. As empresas não têm autorização da CETESB para o lançamento das águas residuárias da Rolando Comércio de Areia Ltda. para a lagoa da Meia Lua 1, o que deve acarretar ações de penalização cabíveis por parte da CETESB, a ser definida a partir da próxima quarta-feira (10.02).