
04/04/2016
Com certeza você a conhece. Não é fácil ignorar sua presença. De porte majestoso, a árvore frondosa e muito bonita é destaque no outono. Paineira-rosa (Ceiba speciosa), assim chamada, é por muitos conhecida como barriguda.
Não por acaso. Nativa brasileira, a paineira costuma apresentar na base de seu caule uma espécie de bojo ou alargamento, parecido com uma garrafa. Daí o nome – barriguda.
De crescimento rápido, pode atingir 30 metros de altura. Copa muito grande e arredondada. Produz flores numerosas, cor de rosa, em forma de sino – uma alegria para os olhos. Daí ser uma das preferidas da arborização urbana.
Seus frutos nada pequenos ficam pendurados e quando maduros liberam a paina (espécie de algodão), que pode ser utilizada na confecção de travesseiros, almofadas e pelúcias. As sementes costumam atrair maritacas e tuins.
A madeira da paineira-rosa é leve e de pouca durabilidade, sendo aproveitada na indústria de calçados e caixotaria.
Seu tamanho e sua beleza já serviram de ponto de referência na cidade. A Praça Jorge de Lima para muitos dos antigos moradores e trabalhadores do Butantã é chamada até hoje de Ponto da Paineira. A razão: a grande árvore que ali existiu até 1974.
Por conta de suas características, a paineira-rosa tem sido usada em projetos de recuperação florestal de áreas degradadas, como o realizado pelo Programa Nascentes.
Uma curiosidade – a paineira pertence à mesma família do baobá, uma das maiores árvores do planeta. Reza uma lenda africana que o baobá é a árvore da vida porque foi a primeira árvore criada por Deus. Para os fãs de O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, a história do baobá é simplesmente espetacular. Fica a dica!
Texto: Cris Leite
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