
11/11/2016
Segundo um monitoramento feito pela Secretaria pouco depois, a área devastada chegava a 700 mil metros quadrados – o equivalente a 100 campos de futebol. Imagens feitas pelo sistema da pasta, chamado MAIS (Monitoramento Ambiental Imagens de Satélite), mostravam que o desmatamento que começou em 2013 avançou muito além do que era autorizado na época.
O secretário do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou pessoalmente da operação. “Havia árvores frondosas arrancadas pela raiz. Encontramos árvores queimadas, ainda com fumaça, uma forma de esconder o crime ambiental. Foi suprimida uma área relevante do ponto de vista da biodiversidade”, relatou Salles, ao levantar também suspeitas de participação de autoridades locais. “Não é possível que a fiscalização não tivesse conhecimento do que se passava e não tomasse as providências.”Segundo ele, a apuração mostrou que o tenente, que comandava as equipes de fiscalização, era amigo de um dos quatro donos da área devastada. Os proprietários do imóvel foram autuados, mas vão responder em liberdade por crime ambiental. As multas aplicadas somaram R$ 5,3 milhões.