
06/09/2017
Depois de dois dias e uma noite de intenso combate, foi controlado na madrugada de quarta-feira, 6/9, o incêndio de grandes proporções que afetou o Parque Estadual Itapetinga, entre Bom Jesus dos Perdões e Atibaia, desde o domingo. O fogo atingiu 230 hectares de vegetação. A área continua sendo monitorada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, para evitar que novos focos se alastrem.
Estão sendo investigadas as causas que originaram o incêndio. O combate envolveu cerca de 40 pessoas entre brigadistas da Unidade de Conservação e funcionários da Fundação Florestal, Defesa Civil de Atibaia e Bom Jesus dos Perdões, Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Polícia Militar Ambiental e moradores voluntários e o apoio do helicóptero Águia da PM. O apoio das Prefeituras e das Defesas Civis de Itapetininga e Bom Jesus dos Perdões foi essencial para o sucesso da operação.
Segundo o gerente regional da Fundação Florestal, Diego Hernandes, “o fogo só pôde ser contido graças ao esforço concentrado das equipes e aos aceiros que foram construídos preventivamente ao redor na Unidade de Conservação. Foi uma operação complicada, por conta do tempo e vegetação extremamente secos, ventos fortes e locais de difícil acesso. Além do Parque, existia a preocupação com as residências ao redor. É preciso que a população se conscientize sobre as tragédias que podem ser evitadas com prevenção.”
Prevenir é melhor que apagar
As principais ameaças que acabam por gerar grandes incêndios tanto florestais como campestres são práticas como: queimar lixo e usar fogo para limpeza de terrenos em áreas próximas à vegetação natural, jogar pontas de cigarro em rodovias e soltar balões. As Unidades de Conservação da Fundação Florestal protegem os últimos fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado no Estado de São Paulo e toda a sua biodiversidade. Os incêndios causam grandes estragos nessas áreas. Muitos animais morrem ou perdem seu habitat e a vegetação leva décadas para se recompor.
O Parque Estadual Itapetinga possui uma equipe de brigadistas prontos para identificar possíveis focos de incêndios, trabalhando também na conscientização de moradores e sitiantes sobre o perigo do uso do fogo na região. As ações são desenvolvidas de acordo com a Operação Corta-Fogo para o monitoramento e combate direto e conta com o apoio das Defesas Civis dos municípios que fazem divisa com a Unidade de Conservação, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Ambiental, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento (SIM) para supervisão das atividades da região.