
16/12/2015
Um mutirão, envolvendo proprietários de 20 lotes do Assentamento Sepé Tiaraju, em Serrana, vai promover a implantação de um projeto de Sistemas Agroflorestais (SAF), com o plantio de espécies produtivas, como banana, manga, abacate, mandioca, milho, laranja, acerola e outras, intercaladas com espécies nativas. Dessa forma, propicia-se a formação de florestas, com ganhos ecológicos e econômicos.
A atividade será desenvolvida no período de 15 a 18 de dezembro, com a participação de mais de 50 pessoas, entre agricultores, estudantes e representantes de instituições como a Embrapa, Mutirão Agroflorestal, Unesp, Ufscar e IBS. O objetivo é realizar a implantação em cinco lotes por dia, totalizando no final 13,5 hectares de áreas com SAF.
A atividade faz parte do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável (PDRS), instituído em 2010, pelas secretarias estaduais do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento, com a finalidade de aumentar a produtividade da agricultura familiar no Estado, melhorando ao mesmo tempo a sustentabilidade ambiental.
O PDRS vai destinar R$ 600.000,00 nesse projeto. Em contrapartida, a Cooperativa Agroecológica de Manejo e Conservação da Biodiversidade dos Agricultores Familiares do Assentamento Sepé Tiaraju vai investir R$ 181.200,00. Os recursos serão aplicados, além da implantação de SAF, também na aquisição de um veículo, computadores e na melhoria da estrutura dos barracões da cooperativa.
As áreas a serem trabalhadas são antigas pastagens degradadas ainda não exploradas pelos agricultores, esperando-se, com isso, a melhoria no manejo da terra, além do aumento dos processos ecológicos locais comparados à agricultura convencional. Segundo o especialista ambiental Edson Albaneze Rodrigues Filho, da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais, da Secretaria do Meio Ambiente, a maioria dos assentados adota o sistema de produção convencional, mas já com alguns princípios agroecológicos.
“Os Sistemas Agroflorestais entram como uma alternativa promovendo uma transição do modo de lidar com a terra e, com essa finalidade, os agricultores beneficiários do projeto já passaram por treinamentos, cursos e visitas técnicas para conhecerem melhor a metodologia que envolve esses sistemas de produção”, explicou.