
10/05/2018
Começa segunda-feira a 16ª Semana de Museus, iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) com o objetivo de aproximar o público dessas instituições e dos acervos que mantêm e preservam em todo o País. Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos foi o tema escolhido para 2018 pelo Conselho Internacional de Museus (Icom). O Ibram adota o mote do Icom para a sua temporada nacional de eventos, que reunirá milhares de museus e será encerrada no dia 20 de maio.
Entre os objetivos da iniciativa estão a valorização dos espaços de memória e cultura no país, a ampliação da relação dos museus com a sociedade, assim como o aumento do público visitante. Este ano duas instituições ligadas à Secretaria do Meio Ambiente participam: o Museu Octavio Vecchi, instalado no Horto Florestal, e o Museu Dr. João Barbosa Rodrigues, do Instituto de Botânica (IBt).
O museu do IBt e o Jardim Botânico, onde está situado, prepararam uma atividade que aproxima estudantes do ambiente natural e ajuda a entender a importância dos polinizadores. O objetivo é fazer com que os participantes percebam as relações ecológicas existentes na natureza e a importância delas para a manutenção da biodiversidade. A Ação Educativa será realizada de 15 a 17 de maio, das 9h30 às 11h e é destinada a estudantes do 4° e 5° ano do ensino fundamental. As escolas interessadas devem agendar sua participação pelo email: monitoresea@gmail.com
No museu florestal do Horto, a programação inclui três seções diárias de Contação de História. Focada em temas folclóricos e de conexão com a natureza, a atividade terá as crianças como público prioritário, mas será aberta a todos interessados, sem restrições de idade. Outra atividade programada é a Roda de Conversa – O Museu em conexão com sua história, que propõe um resgate da história do Museu Florestal Octávio Vecchi com pesquisadores e funcionários.
Nesse museu também foi planejada a Ação Educativa – Atividade sensorial “Conexões”, um percurso lúdico com estímulos sonoros, táteis e olfativos, que se utilizará da área ocupada pela Horto, com sua vegetação variada e espécies representativas da flora e fauna. Outra novidade, a inserção de links com QR Code, para ampliar o acesso a informações sobre o histórico e o acervo do Museu Florestal, além de textos em idiomas estrangeiros (inglês, francês, espanhol).
Museu Florestal Octavio Vecchi
O Museu Florestal foi concebido no final da década de 1920 pelo então diretor do Serviço Florestal, Octávio Vecchi. O edifício, construído entre 1928 e 1930 e inaugurado em 1931, foi projetado especificamente para receber o acervo, bem como laboratórios de pesquisa que funcionaram no piso inferior entre as décadas de 1930 e 1960. O Museu Florestal foi importante seção de pesquisa e abrigou laboratório de meteorologia, de fotografia, herbário e xiloteca do Serviço Florestal, atual Instituto Florestal.
O acervo é composto por um mostruário diversificado de madeiras entalhadas, sementes, peças das escolas de xilografia, charão (laca japonesa), marcenaria, marchetaria e aquarelas. Um grande painel a óleo, de autoria de Helios Seelinger, ilustra a história de São Paulo. Tem também pintura de espécies nativas realizada por Antonio Paim Vieira; vitrais executados pela Casa Conrado, além de outras obras.
Conjugando ciência, história e arte, o museu é espaço de contemplação e educação ambiental. Está em andamento um projeto de restauro de um dos painéis de Helios Seelinger, em parceria com o Museu de Arte Sacra de São Paulo e com o Núcleo de Artes e Restauro – NAR.
Museu Botânico Dr. João Barbosa Rodrigues
Inaugurado em 1942, o museu é um equipamento didático-expositivo que compõe o eixo de visitação do Jardim Botânico de São Paulo e mantém exposição permanente que aborda a própria história do museu e da botânica no Brasil. Possui uma coleção de frutos e sementes, madeira e óleos essenciais, além do importante acervo técnico-científico.
No totem interativo é possível acessar diversas informações sobre o Jardim Botânico e as pesquisas desenvolvidas. Além dos aspectos Botânicos tratados pelos professores de Biologia, os professores da área de História, Geografia e Português também encontram diversos elementos facilitadores para abordar conteúdos como: Contextualizações históricas desde o século XVI até o século XXI; Grandes expedições científicas; Distribuição geográfica dos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Além do valor intrínseco, seus documentos históricos são também um importante instrumento para acompanhar a evolução da Língua Portuguesa e alterações ortográficas ocorridas ao longo das décadas de formação do seu acervo.
O Instituto Brasileiro de Museus foi criado em janeiro de 2009. Vinculado ao Ministério da Cultura (MinC) sucedeu o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nos direitos, deveres e obrigações relacionados aos museus federais.
O órgão é responsável pela Política Nacional de Museus (PNM) e pela melhoria dos serviços do setor – aumento de visitação e arrecadação dos museus, fomento de políticas de aquisição e preservação de acervos e criação de ações integradas entre os museus brasileiros. Também é responsável pela administração direta de 30 museus.
Para esta edição, os mais de 1,1 mil participantes da Semana de Museus cadastraram 3,2 mil eventos em 489 cidades de 26 estados. Em 2017, foram 3.079 eventos em todo o Brasil durante a 15ª Semana de Museus, cujo tema foi Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus, reunindo 1.070 instituições de 26 estados.
O Dia Mundial dos Museus é comemorado em 18 de maio.
Serviço:
MUSEU FLORESTAL OCTÁVIO VECCHI
Rua do Horto, 931 – Horto Florestal
museuflorestal@if.sp.gov.br
(11) 2231-8555 (11) 2231-8049
MUSEU BOTÂNICO DR. JOÃO BARBOSA RODRIGUES
Avenida Miguel Stéfano, 3.687 – Água Funda/ São Paulo/SP
(11) 5067.6000
INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (Ibram)
(61) 3521 4135 / 3521 4142
semana@museus.gov.br