
22/09/2018
Fomentar o debate e a reflexão, trazendo novas perspectivas para a gestão das Unidades de Conservação. Com esse objetivo, a Fundação Florestal promoveu o 1º Encontro das Unidades de Conservação Paulistas nos dias 20 e 21 de setembro, no auditório Augusto Ruschi, na sede da SMA.

Ainda na abertura, o secretário Eduardo Trani fez um balanço da situação atual das UCs. Das 115 áreas protegidas pelo Sistema Ambiental Paulista, 66 são de proteção integral e 49 de uso sustentável. E apenas 34 UCs têm plano de manejo aprovado.

Segundo Trani, as UCs receberam Recursos da Câmara de Compensação Ambiental (CCA) – R$ 160 milhões de reais – para projetos de regularização fundiária, inventário florestal, adequação ambiental e obras nos parques, reformas do Museu Botânico, proteção das UCs, implantação de trilhas, ações de conservação, monitoramento e fiscalização.
Trani conta ainda que o Sistema Ambiental Paulista se articula constantemente para fomentar as visitas às unidades de conservação. Ainda neste mês de setembro, a SMA, a FF e a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo assinaram convênio para melhorar a preparação das regiões turísticas que abrigam nossas áreas naturais protegidas.
Também foi assinado um protocolo entre SMA, FF e Associação das Prefeituras das Cidades Estância de São Paulo Turismo Paulista (APRECESP), integrando nossas UCs com as estâncias para desenvolver turismo sustentável nessas áreas nobres.
Para que a visitação seja intensificada, o secretário destacou a necessidade da proteção e da fiscalização das áreas protegidas, que são feitas com o Sistema Integrado de Monitoramento, usado também para as Reserva Particular do Patrimônio Natural (SIM RPPN) e para a pesca costeira (SIMMar). O objetivo é estabelecer ações integradas de fiscalização e monitoramento dos recursos naturais no interior e na zona de amortecimento e também proteger a biodiversidade marinha, por meio o planejamento, execução e monitoramento das ações integradas.
A Operação Corta-Fogo também contribui para a proteção das unidades de conservação. Nos últimos anos, se fortaleceu e recebeu recursos da Câmara de Compensação Ambiental (CCA) com a aquisição de importantes equipamentos e a contratação de brigadistas.
Depois da apresentação do secretário, Rodrigo Levkovicz destacou a difícil missão de gerir 15% do território do Estado de São Paulo. “As demandas são enormes, por isso é preciso integração entre as áreas técnica e administrativa e também dentro do Sistema Ambiental Paulista. Ver como as instituições podem ajudar com as demandas que temos. Se conseguirmos dar sinergia para todas as atividades nosso potencial de entrega aumenta e muito”.
Com o foco sempre voltado à proteção das unidades de conservação, o diretor executivo disse ainda que as UCs também precisam ser pensadas do ponto de vista econômico, como ativos financeiros. “Vamos terceirizar o que não for proteção das florestas para dar mais sinergia e gastar melhor nossos recursos”.
Ainda na abertura do evento, o secretário Eduardo Trani assinou resolução aprovando os planos de manejos do Monumento Natural Estadual Pedra Grande, Parque Estadual de Itaberaba e da Floresta Estadual de Guarulhos.
No encontro, foram debatidas as potencialidades e desafios para a gestão de Unidades de Conservação, o Sistema de Unidades de Conservação e os desafios para sua consolidação, a gestão das APAs: potencialidades e desafios, a produção, transmissão e sistematização do conhecimento como contribuição para a proteção da sociobiodiversidade, os processos participativos como paradigmas que ampliam e fortalecem a proteção da sociobiodiversidade.
Os temas geraram discussões e propostas que foram encaminhadas para a direção da Fundação Florestal que avaliará a viabilidade de implementação.

Fotos: José Jorge/Dirceu Rodrigues
Revisão: Cris Leite