
23/06/2020
Para celebrar os 43 anos do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental, sediado em Birigui, a Polícia Militar Ambiental (PAMb) promoveu uma live, nesta terça-feira, 23 de junho, que abordou os “Impactos das queimadas na qualidade do meio ambiente”. O evento contou com a participação da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB), e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Na abertura, o coronel Paulo Augusto Leite Motooka, Comandante da PAMb, destacou que em 2019 foram consumidos 318 mil quilômetros de área florestal no país, um aumento de 86% em relação a 2018 (dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE). “Os incêndios causam grandes estragos ao meio ambiente, a mata nativa, a saúde pública, impacta no ciclo das águas e causa morte de animais silvestres”.
Uma das ações do Estado de São Paulo para coibir os incêndios florestais é a Operação Corta Fogo, coordenada pela SIMA/CFB, com a participação do Corpo de Bombeiros, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC), subordinada à Casa Militar, da Polícia Militar Ambiental, da Cetesb, da Fundação Florestal (FF) e do Instituto Florestal (IF).
A diretora-presidente da Cetesb Patrícia Iglecias falou do avanço do estado paulista na redução da queima da palha da cana-de-açúcar, por conta do Protocolo Agroambiental Etanol Verde, que contribuiu para diminuir as queimadas. “Na prática, cerca de 10 milhões de toneladas de CO2 eq e de 64 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos deixaram de ser emitidos, impactando na qualidade do ar. E isso, graças a inovação e implementação de novas tecnologias”, concluiu.
A forte redução das queimadas autorizadas mudou o foco da Polícia Militar Ambiental para as queimadas não autorizadas, que impactam diretamente o meio ambiente. A fauna silvestre também sofre as consequências desses atos. O coordenador de Fiscalização e Biodiversidade Sérgio Marçon disse que Bugios, Preguiças, Gambás, Ouriços e grandes felinos são os mais prejudicados. “Embora tenha tido uma redução no atendimento de animais com sinais de queimaduras nos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), trabalhamos para organizar uma rede de parceiros para atender as vítimas desses incêndios”, informou.
O Major Alessandro Daleck Moreira explicou que o trabalho da Polícia Militar Ambiental no combate às queimadas segue diretrizes para coibir e responsabilizar os culpados pelos incêndios e mitigar os danos. E setores, como o sucroenergético, têm contribuído para evitar essas ocorrências. “Precisamos também da colaboração da população denunciando casos de incêndios e soltura de balões para que a Polícia Militar Ambiental consiga ter uma ação ainda mais efetiva”, enfatizou.
O evento, que foi transmitido pelo canal do Youtube da SIMA, contou com a mediação do apresentador e jornalista, Lúcio Ramos, da TV Tem.
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