
10/07/2020
Os desafios para o fortalecimento da ação climática no pós-Covid-19 foi o tema do Café Virtual, promovido pelo Instituto Florestal (IF), órgão da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), nesta quinta-feira, 9 de julho, por vídeo conferência. Os convidados, ambos da SIMA, a chefe da Assessoria Internacional da Jussara de Lima Carvalho e o assessor de Mudanças Climáticas e coordenador Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas Oswaldo Lucon.
De acordo com o diretor geral do IF Luis Alberto Bucci, é um privilégio ter um debate com técnicos que contribuem para a solução dos problemas ambientais do estado.
Neste momento em que enfrentamos a pandemia da Covid-19, diversas mudanças estão em curso, o que já é possível notar nas cidades. Lucon cita alguns exemplos, como a realidade do teletrabalho e a redução na quantidade de viagens.
Segundo Lucon, os relatórios científicos apontam que os impactos das mudanças climáticas são 100 vezes maiores que o da pandemia da Covid-19. E que a agricultura é um dos setores que serão seriamente afetados com as rupturas climáticas. Reforçou também que nossas ações tem ressonância no futuro, por isso a importância de ferramentas que possam minimizar os efeitos.
Tantas mudanças trazem a necessidade de novos métodos econômicos para que não haja aumento da pobreza, que acaba por acirrar a desigualdade, refletindo em mais conflitos. “A cooperação e o diálogo são fundamentais se quisermos encontrar uma saída para essa crise”, destacou Lucon, reforçando a importância de estarmos atentos aos acontecimentos para planejamentos de longo prazo.
Para Jussara, a pandemia expôs as desigualdades sociais e trouxe reflexões, como o papel de toda a sociedade em ser parte da solução e não somente o governo.
Com as mudanças climáticas em curso, é preciso reconhecer as emergências climáticas e colocá-las no centro do debate. Além de estratégias de mitigação como as Unidades de Conservação, importantes também para a conservação da biodiversidade, Jussara ressalta que a SIMA tem instrumentos como o mapeamento de risco, pelo Instituto Geológico, o Inventário Florestal, pelo IF, e está produzindo o Zoneamento Ecológico Econômico, que considera o cenário climático do estado de São Paulo, para a diretriz de estado resiliente às mudanças climáticas.