
13/03/2021
Criado para proteger as várzeas do rio Tietê, o Núcleo Engenheiro Goulart celebra 39 anos neste domingo, 14 de março. Refúgio de mata e lazer bem no meio da cidade, o espaço proporciona atividades culturais, educacionais, recreativas e esportivas para a população paulista, principalmente moradores da zona leste. Neste ano, por conta da pandemia da Covid-19, não haverá programação para comemorar a data.
Desde janeiro de 2020, o Núcleo Engenheiro Goulart, que integra o programa Parque Várzeas do Tietê (PVT), é administrado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de Parques e Parcerias (SIMA/CPP).
São 14 milhões de metros quadrados de área. Os visitantes podem desfrutar dos quiosques com churrasqueiras, se divertir no pedalinho, praticar esportes nos campos e quadras e conhecer o salão das curiosidades. As trilhas arborizadas em meio a mata atlântica também compõem os atrativos locais.
Ao caminhar pelo parque é possível observar animais como: quati, capivara, macaco prego, teiú, biguá, garça, andorinha e sabiá laranjeira. São cerca de 277 espécies de aves, 25 de mamíferos, 21 de répteis e 7 de anfíbios.
No Núcleo há plantas aquáticas, aguapés, salvínias, jerivás, suinãs, embaúbas, pitangueiras, jabuticabeiras, goiabeiras, maracujás, cássia-aleluias e helicônias, entre outras.
O Núcleo também produz mudas e planta árvores para recuperar áreas degradadas, contribuindo para a qualidade do ar e o bem-estar da população.
Há ainda um Centro de Educação Ambiental, o Centro Cultural e o Museu do Tietê, que conta a história do rio, além da biblioteca com projeto arquitetônico e paisagístico do arquiteto Ruy Ohtake
Reabilitação de fauna
Por ter uma extensa área verde e abrigar diversos animais, o núcleo tem grande potencial de pesquisa, sustentabilidade e educação ambiental. Lá está o Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS), que recebe e tratamento de animais silvestres, provenientes de apreensões do tráfico ilegal pela Polícia Militar Ambiental e pelo Ibama.
O CRAS recebe uma média de 7 mil animais por ano, entre aves, répteis e mamíferos. Cerca de 80% são aves de várias espécies: araras, corujas, periquitos, bem-te-vis, beija-flores, gaviões, carcarás, falcões, tucanos, entre outras.
Em seguida, vem os répteis – lagartos, cágados, iguanas e cobras. Em menor proporção, os mamíferos, com predomínio dos primatas.
Os animais chegam debilitados, recebem tratamento, se recuperam e voltam para a natureza.