O documento preliminar do Plano de Ação Climática do Estado de São Paulo, que será levado à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), em Glasgow (Escócia) em novembro, recebeu 199 contribuições durante a consulta pública, realizada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) entre 21 de julho e 30 de setembro.

As informações foram divulgadas pelo subsecretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Trani, que ainda detalhou que as sugestões seguem sob análise de dez grupos técnicos e respectivas áreas de competência. “Os resultados estão em processo de tabulação e devem ser divulgados em momento oportuno”, observou.

Apesar de ainda estar em processo de consolidação, o especialista adiantou que avalia de forma positiva a participação da sociedade na consulta. Segundo ele, as colaborações foram muito elaboradas e algumas delas bastante qualificadas.

“A participação foi realmente muito ampla. As pessoas se dedicaram a analisar documentos. Os comentários foram muito grandes e densos”, disse, referindo-se também à diversidade da origem das contribuições, que, além de sociedade civil e academia, incluiu associações do setor privado por exemplo.

Neutralidade nas emissões de carbono

Em julho deste ano, o Governo de SP aderiu às campanhas da ONU “Race to Zero” e “Race to Resilience”, sendo o primeiro estado brasileiro a assumir o compromisso por meio de decreto governamental. As ações visam o engajamento de governos, empresas, investidores, acadêmicos e lideranças da sociedade civil para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) até 2050.

Sob a coordenação da SIMA e com apoio de demais secretarias, o Governo de SP está desenvolvendo as diretrizes do Plano de Ação Climática (NetZero 2050), que cobre todos os setores da economia paulista e coloca rumos para a recuperação verde da economia com competitividade, inovação, empregos qualificados, resiliência e proteção ambiental.

Por meio desse plano, o Estado tem o objetivo de fixar novas metas e soluções para energias renováveis, restauração florestal, agricultura de baixo carbono, bioeconomia, proteção da biodiversidade, controle e prevenção da poluição, qualidade do ar, transportes sustentáveis, segurança hídrica, saneamento ambiental, municípios resilientes e cidades sustentáveis.