08/10/2015

Diálogos 02

A Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA) da SMA promoveu no dia 7/10 mais uma edição dos “Diálogos de Educação Ambiental”. A Gestão Ambiental Pública foi o tema desenvolvido pelos palestrantes Rodrigo Machado, Ana Paula Fracalanza, José Silva Quintas e Frederico Loureiro.

Gilson Ferreira, coordenador da CEA deu as boas-vindas ao público presente e aos internautas que assistiram a transmissão online integral do evento. Para o coordenador, “o encontro foi bastante significativo, fundamental para compreendermos a importância da Educação Ambiental nas políticas públicas ambientais”.

O Prof. Me. José Silva Quintas, gestor público do Ibama, deu início aos trabalhos discorrendo sobre a contribuição da Educação Ambiental para a construção de uma sociedade justa, democrática, solidária e sustentável. Quintas frisou que o papel da Gestão Ambiental Pública se volta para a mediação de interesses e conflitos existentes entre diferentes atores sociais que atuam em um determinado território e as forças produtivas que possuem interesse nos recursos naturais daquela região.

A palestra seguinte ficou a cargo do Prof. Dr. Carlos Frederico Loureiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que reiterou a ideia de quando se fala em Educação Ambiental logo se imagina que esta é intrinsecamente transformadora, por ser uma inovação educativa recente que questiona o que é qualidade de vida, reflete sobre a ética ecológica e amplia o conceito de ambiente para além dos aspectos físico-biológicos. Porém, segundo Loureiro, isso não é uma “verdade automática”.

Concluiu dizendo que em educação ambiental, além do conhecimento do cenário global, suas causas e implicações que definem o contexto em que se move a atuação pedagógica, é importante trabalhar os problemas específicos de cada grupo social, principalmente quando se tem por finalidade básica a gestão ambiental participativa com vistas à transformação da realidade de vida e o estabelecimento de um processo emancipatório.

A Prof.ª Dr.ª Ana Paula Fracalanza, da Universidade de São Paulo (USP), inseriu no debate a problemática ambiental relacionada ao uso dos recursos naturais. Falou sobre a crise hídrica. “A água é considerada escassa, em quantidade e qualidade e objeto de conflitos que envolvem a sua apropriação e seu uso para realização de atividades humanas.” Falou sobre como os conflitos estão associados à criação de valor pelos usos da água e à perda de valor pela degradação da água e do espaço. Segundo Fracalanza, “nesse sentido, são descritos os processos de gestão de recursos hídricos, em que se analisa a gestão socioambiental da água, a partir de instituições, atores, mecanismos de gestão, governança da água.”

O especialista ambiental Rodrigo Machado (CFA-SMA) finalizou o evento compartilhando o trabalho da Formação Socioambiental (FS) que está sendo desenvolvido nos espaços dos Conselhos Gestores de 15 UC, a partir da ação articulada de órgãos vinculados ao Sistema Ambiental. Este processo formativo parte dos problemas enfrentados pela fiscalização na UC e têm por objetivo o enfrentamento de causas diversas dos vetores de pressão nestas unidades. Machado evidenciou as contribuições da FS para políticas públicas direcionadas a um melhor envolvimento da sociedade com a gestão ambiental pública e à conservação da biodiversidade nesses territórios.

O evento terminou com um debate com todos os participantes, além de intervenções do público presente, que também foi convidado a deixar sugestões em um painel montado no hall do auditório. A próxima edição dos Diálogos de Educação Ambiental acontecerá no dia 4 de novembro.

Diálogos Interna 02

Texto: Dirceu Rodrigues

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SMA promove debate sobre Educação Ambiental

 

08/10/2015

Diálogos 02

A Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA) da SMA promoveu no dia 7/10 mais uma edição dos “Diálogos de Educação Ambiental”. A Gestão Ambiental Pública foi o tema desenvolvido pelos palestrantes Rodrigo Machado, Ana Paula Fracalanza, José Silva Quintas e Frederico Loureiro.

Gilson Ferreira, coordenador da CEA deu as boas-vindas ao público presente e aos internautas que assistiram a transmissão online integral do evento. Para o coordenador, “o encontro foi bastante significativo, fundamental para compreendermos a importância da Educação Ambiental nas políticas públicas ambientais”.

O Prof. Me. José Silva Quintas, gestor público do Ibama, deu início aos trabalhos discorrendo sobre a contribuição da Educação Ambiental para a construção de uma sociedade justa, democrática, solidária e sustentável. Quintas frisou que o papel da Gestão Ambiental Pública se volta para a mediação de interesses e conflitos existentes entre diferentes atores sociais que atuam em um determinado território e as forças produtivas que possuem interesse nos recursos naturais daquela região.

A palestra seguinte ficou a cargo do Prof. Dr. Carlos Frederico Loureiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que reiterou a ideia de quando se fala em Educação Ambiental logo se imagina que esta é intrinsecamente transformadora, por ser uma inovação educativa recente que questiona o que é qualidade de vida, reflete sobre a ética ecológica e amplia o conceito de ambiente para além dos aspectos físico-biológicos. Porém, segundo Loureiro, isso não é uma “verdade automática”.

Concluiu dizendo que em educação ambiental, além do conhecimento do cenário global, suas causas e implicações que definem o contexto em que se move a atuação pedagógica, é importante trabalhar os problemas específicos de cada grupo social, principalmente quando se tem por finalidade básica a gestão ambiental participativa com vistas à transformação da realidade de vida e o estabelecimento de um processo emancipatório.

A Prof.ª Dr.ª Ana Paula Fracalanza, da Universidade de São Paulo (USP), inseriu no debate a problemática ambiental relacionada ao uso dos recursos naturais. Falou sobre a crise hídrica. “A água é considerada escassa, em quantidade e qualidade e objeto de conflitos que envolvem a sua apropriação e seu uso para realização de atividades humanas.” Falou sobre como os conflitos estão associados à criação de valor pelos usos da água e à perda de valor pela degradação da água e do espaço. Segundo Fracalanza, “nesse sentido, são descritos os processos de gestão de recursos hídricos, em que se analisa a gestão socioambiental da água, a partir de instituições, atores, mecanismos de gestão, governança da água.”

O especialista ambiental Rodrigo Machado (CFA-SMA) finalizou o evento compartilhando o trabalho da Formação Socioambiental (FS) que está sendo desenvolvido nos espaços dos Conselhos Gestores de 15 UC, a partir da ação articulada de órgãos vinculados ao Sistema Ambiental. Este processo formativo parte dos problemas enfrentados pela fiscalização na UC e têm por objetivo o enfrentamento de causas diversas dos vetores de pressão nestas unidades. Machado evidenciou as contribuições da FS para políticas públicas direcionadas a um melhor envolvimento da sociedade com a gestão ambiental pública e à conservação da biodiversidade nesses territórios.

O evento terminou com um debate com todos os participantes, além de intervenções do público presente, que também foi convidado a deixar sugestões em um painel montado no hall do auditório. A próxima edição dos Diálogos de Educação Ambiental acontecerá no dia 4 de novembro.

Diálogos Interna 02

Texto: Dirceu Rodrigues

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