
05/05/2020
Cerca de 400 pessoas acompanharam nessa terça-feira (5) a videoconferência do “5º Ciclo de Tecnologias de Tratamento de Resíduos Sólidos” organizada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), por meio do Comitê de Integração de Resíduos Sólidos (CIRS), e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), por meio de sua Diretoria T.
Durante o encontro foram apresentados pelos palestrantes os aspectos legais da Lei Federal e Estadual, tecnologias de processamento, viabilidade técnica e financeira, além dos benefícios ambiental e social no uso do coprocessamento dos resíduos pelas fabricas de cimento.
“Transformar resíduos em recurso é a chave para uma economia circular tendo a indústria do cimento muito a contribuir na geração de soluções sustentáveis para a sociedade”, comentou o executivo da ABCP, Daniel Mattos.
Atualmente, o Brasil produz 78 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. “A experiência dos países Europeus mostra que o aproveitamento energético caminha junto com a reciclagem dos resíduos, as questões são complementares”, complementou o diretor da Votorantim, Eduardo Porciúncula.
“A única maneira de alcançar as metas de crescimento no uso de combustível derivado de resíduos é através do uso conjunto de CDRI e CDRU de forma a assegurar o desempenho das unidades industriais”, destacou o executivo da Intercement, Alexandre Citvaras.
O encontro foi mediado pelos coordenadores do CIRS, José Valverde e Ivan Mello; e contou também com a participação do Secretário Executivo da SIMA, Luis Ricardo Santoro, do presidente e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Paulo Camillo.
“Não tem cabimento jogar fora a quantidade de material servível que estamos desperdiçando, precisamos utilizar todo esse potencial no aproveitamento e amadurecimento de uma economia circular e as soluções passam por diferentes modelagens de acordo com cada região do estado”, disse o secretário, Marcos Penido.
“A partir da regulação pelo Governo Federal poderemos ter um avanço nessas questões dos resíduos no país. Mas a atividade precisa ser autossustentável, estamos no caminho certo, discutindo e debatendo para encontrar as soluções”, concluiu o diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente da Sabesp, Alceu Segamarchi Junior.
Acesse a apresentação em: Evolução do coprocessamento e o novo ciclo de crescimento
No próximo dia 19 ocorre o 6º Ciclo, onde será abordado pela segunda vez o tema “Coprocessamento”, com o foco na normatização e no licenciamento.