17/10/2025

Subsecretaria de Energia e Mineração apresentou as principais ações voltadas à elaboração do Plano Estadual de Mineração

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), por meio da Subsecretaria de Energia e Mineração, apresentou as principais iniciativas do Estado voltadas à elaboração do Plano Estadual de Mineração, ao zoneamento minerário e à certificação de empresas e produtos minerais, com foco em um modelo de desenvolvimento sustentável. A apresentação ocorreu no último dia 10, durante encontro do setor mineral paulista na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo. 

O “Workshop Esg Sindareia”, realizado pela Comissão Esg do Sindicato da Indústria de Mineração de Areia do Estado de São Paulo (Sindareia), reuniu especialistas, representantes do poder público, acadêmicos e empresários para discutir os eixos ambiental, social e de governança (ESG) aplicados à mineração de agregados — como areia, pedra brita e cascalho — reafirmando o compromisso do setor com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável. 

O encontro foi composto por conteúdo estratégico em três painéis temáticos sobre os desafios e oportunidades do setor da mineração de areia em São Paulo. A abertura do evento foi feita pelo presidente do Sindareia, Anselmo Luiz Martinez Romera, que destacou a importância da colaboração e do diálogo para o futuro do setor. “A mineração de areia em São Paulo é uma atividade essencial e esse compromisso está no centro das ações da entidade. Que possamos seguir unidos, levando adiante a missão de comunicar, transformar e consolidar a mineração de areia como uma atividade ainda mais relevante e sustentável para o desenvolvimento de nosso Estado”, afirmou.  

O primeiro painel, sobre a regulação da mineração paulista, foi moderado por Fernando Valverde, geólogo e presidente executivo da Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção (Anepac). “São Paulo se destaca como líder na produção de agregados, principais produtos minerários do Estado, com 166 milhões de toneladas produzidas em 2024 — sendo 66 milhões de toneladas de brita e 97 milhões de toneladas de areia”, explicou. Também participaram Marcus Vinícius de Oliveira, gerente regional da Agência Nacional de Mineração (ANM), Ricardo Miguel Fernandes do Nascimento, diretor de Operações Viárias, e Lilia Sant’Agostino, diretora de Mineração da Semil. 

A representante do governo paulista apresentou as principais iniciativas do Estado voltadas à elaboração do Plano Estadual de Mineração e ao zoneamento minerário, com foco em desenvolvimento sustentável. “Empreendimentos de produção de areia estão espalhados por todo o território paulista, em convivência com outras atividades e áreas urbanas, reforçando a importância do ordenamento territorial para implementar a mineração sustentável no Estado”, explicou a diretora da Semil. Ela também destacou a “Jornada de Desenvolvimento da Mineração – Vale do Ribeira”, que ocorrerá no próximo dia 22, em Capão Bonito, com a participação da subsecretária de Energia e Mineração, Marisa Maia. “O evento propõe uma imersão na mineração, atividade importante para o desenvolvimento socioeconômico regional, considerando o potencial mineral das regiões do Vale do Ribeira e do Alto Paranapanema. O encontro também contribuirá para a elaboração do Plano Diretor Municipal (PDUI), com observação do Ordenamento Territorial da Mineração.” 

 

Boas práticas no setor de mineração 

O segundo painel abordou boas práticas no setor, destacando ações de inclusão social, transparência e compartilhamento de experiências. Entre os temas debatidos, esteve a mineração urbana como solução estratégica para a crise hídrica, ressaltando o papel do segmento no uso racional dos recursos naturais. 

A bióloga Sandra Maia, diretora de Esg e Pessoas do Grupo AB Areias, apresentou práticas da companhia na gestão de resíduos, na implantação de energia solar flutuante e na proteção de dados corporativos. “O Esg não é exclusividade de grandes corporações. Qualquer empresa pode iniciar sua jornada sustentável com pequenas ações e evoluir para projetos de inovação tecnológica”, ressaltou Sandra, que também é engenheira agrônoma. “O Esg não é exclusividade de grandes corporações. Qualquer empresa pode iniciar sua jornada sustentável com pequenas ações e evoluir para projetos de inovação tecnológica”, ressaltou Sandra, que também é engenheira agrônoma. 

O terceiro painel, com o tema “Pós-Mineração: Uso e Transformação de Áreas Mineradas”, foi moderado pelo advogado Luiz Souza Lima da Silva Carvalho, que apresentou casos reais de recuperação ambiental e requalificação territorial. Representantes de grupos empresariais do segmento de areia, pedra brita e cascalho relataram projetos de preenchimento de cavas de mineração para recomposição da topografia, com o uso de materiais inertes de grandes obras de infraestrutura e usinas de reciclagem de agregados, que processam entulhos para a produção de agregados miúdos reciclados. 

O encontro também marcou o lançamento do livro “Transformações das Áreas de Mineração de Agregados e Industriais no Estado de São Paulo – Passado, Presente e Perspectivas para o Futuro”, de autoria de Hércio Akimoto, Luana Oliveira, Reginaldo Silvestre e Danilo Amaral.