
05/10/2023
O Plano foi apresentado no último workshop do PEE 2050; consulta pública é a próxima etapa na elaboração do documento
Nesta quinta-feira (05), representantes da sociedade civil, acadêmicos, de associações setoriais, e do mercado, debateram pontos do Plano Estadual de Energia (PEE), com segunda etapa lançada em maio. O foco do último, dos quatro encontros programados, foi o cenário atual paulista e o road map a ser seguido, que prevê alcançar 49,1% a menos em emissões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e).
“A previsão do cronograma é a de colocar o plano em consulta pública até o final do ano”, afirmou a subsecretária de Energia e Mineração, Marisa Barros. Passada essa fase, espera-se que as aplicações sejam colocadas em prática no primeiro semestre de 2024. “Esse diálogo não se exaure aqui. Continuamos conversando, debatendo. Na consulta pública, todos os agentes econômicos, entidades representativas do setor e demais interessados terão oportunidade de contribuir efetivamente sobre o documento final”, comentou.
A comparação é entre a continuidade dos parâmetros do cenário de referência, que é a atualidade, e o de mitigação, previsto para 2050. O workshop trouxe destaque para as ações ligadas aos transportes, setor responsável por cerca de 45% das emissões absolutas de CO2e em São Paulo, segundo dados de 2021.
Até 2050, o plano de mitigação prevê que se aumente em 94% a produção de energia no Estado. Desta forma, a importação de energia cairia de 58%, no cenário atual, para 45%. A dependência de hidrelétrica cairia de 33% para 28%, com a inserção e expansão de diferentes modais: termelétrico de biomassa (de 8% para 21%), fotovoltaico (de 1% para 5%) e eólico (de 0% para 1%).
Para 2050, espera-se que o uso de eletricidade no transporte rodoviário pule de 0,02 TWh, estimados em 2022, para aproximadamente 34 TWh (1 TWh corresponde a 1 bilhão de Kilowatts). Neste momento, de acordo com os dados levantados no workshop, o modal ferroviário de passageiros, com trens de subúrbio e metrô, domina um cenário do uso de energia elétrica no setor – projeta-se um aumento de 0,08 TWh para quase 2 TWh.
Ainda para todo o setor de transportes, usando o cenário de 2022 de referência, destaca-se a redução de 41% esperada, até 2050, da parcela de diesel de petróleo no mix de combustíveis. Também, a eletrificação da frota de ônibus urbano com papel relevante na descarbonização e diminuição de 99% da gasolina nos transportes leves.
Para a transição da frota de caminhões, ônibus e locomotivas de carga, espera-se que a demanda de biometano chegue a 1,5 bilhões m3. Outra medida é inserir a participação do hidrogênio de maneira complementar no transporte rodoviário.
A projeção para caminhões estradeiros (pesados e semipesados) prevê a diversificação dos combustíveis em uso. Se em 2021 o diesel era dominante entre todos os veículos, a amostragem deve cair para 55% até 2050, e que seja dividido entre biodiesel e diesel verde (HVO), com a participação também de gás (preferencialmente biometano) em cerca de 22%, veículos alimentados por bateria elétrica (BEV) em 17% e motorização a hidrogênio em 6%.
Para rever o 4º workshop do Plano Estadual de Energia 2050 e anteriores, e ter acesso a todas as apresentações, acesse aqui: https://www.youtube.com/watch?v=4oZVLzx6HEY&t=9000s
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