13/06/2023

Para marcar o lançamento, uma mesa redonda foi realizada com foco em destacar a importância dos canais de denúncia e ações de conscientização 

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) lançaram, nesta terça-feira (13), campanha interna de combate ao assédio no ambiente de trabalho. A iniciativa tem o objetivo de valorizar a diversidade e reforçar as ações voltadas à inclusão, principalmente para evitar situações que possam afetar a vida profissional de seus colaboradores.

Para marcar a abertura da campanha, a secretária Natália Resende participou de uma mesa redonda sobre a importância de se evitar comportamentos que gerem constrangimentos ou intimidação, assim como abordagens de conotação sexual.

“Desde o início, ao chegarmos aqui, um dos nossos temas principais tem sido a valorização da cultura do respeito. É um compromisso do governo e da nossa administração”, afirmou a secretária. “Quando  desenvolvemos políticas públicas para melhorar a qualidade de vida, estamos  falando de pessoas, de equipe e de união. Queremos entender os gargalos para melhorar, em todos os aspectos, o fortalecimento da estrutura, sempre com muito  diálogo e transparência”, completou a secretária.

A campanha contempla ações de conscientização aos colaboradores da pasta e da Cetesb, além de oferecimento de canais de denúncia. A Ouvidoria da Semil é responsável por receber e encaminhar, garantindo o sigilo. (denuncieassedio.semil@sp.gov.br). Já na Cetesb os canais à disposição são o site (Denúncias — Portal (metasix.solutions) e a Ouvidoria (ouvidoria_cetesb@sp.gov.br).  

“Estamos investindo na qualidade de vida e na rotina do nosso ambiente de trabalho, tanto na Semil, quanto na CETESB, oferecendo os recursos para  que a gente consiga, de fato, estruturar e avançar na agenda dos órgãos de forma geral”, destacou o presidente da Cetesb, Thomaz Miazaki de Toledo. 

Debate

Durante a mesa redonda, os palestrantes ressaltaram a importância da identificação de situações de assédio e bullying nas instituições. Destacaram, também, a participação do corpo funcional, colaboradores e terceirizados para a construção de um ambiente saudável, culturalmente inclusivo, acolhedor, com diversidade geracional e baseado em respeito mútuo. 

“Nenhum ambiente está livre desse problema. A diferença está na forma como a empresa vai lidar com esses casos. Quais são as políticas de combate ao assédio e políticas de não retaliação da pessoa que faz a denúncia? A gestão precisa também focar a atenção nisso”, reforçou a promotora de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar do Ministério Público de São Paulo, Coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência – NAVV e Coordenadora da Ouvidoria das Mulheres, Silvia Chakian de Toledo Santos.

O racismo recreativo e estrutural, o etarismo e a hostilidade contra pessoas de determinada faixa etária, violência psicológica, difamação e boatos são mecanismos de violência no ambiente de trabalho e devem acender o alerta aos gestores. 

“Ainda que haja acolhimento, ainda que o sistema esteja em evolução, o assédio (moral/sexual) é muito grave, a vítima está fragilizada. A conscientização e o comprometimento com as denúncias são fundamentais para o acolhimento. Importante ainda lembrar que, a administração pública também pode ser responsabilizada juridicamente”, destacou a consultora Jurídica da Secretaria de Segurança Pública, Ivanira Pancheri.

O evento ocorreu no Anfiteatro Augusto Ruschi, na sede da Semil, e contou com a participação da diretora de Gestão Corporativa da Cetesb, Liv Nakashima Costa. Entre os convidados da mesa redonda, estavam, também, a corregedora e diretora do Departamento de Apuração de Assédio Sexual, Moral e Condutas Discriminatórias, vinculado à Controladoria Geral do Estado, Marina Monteiro Gonçalves; o psicólogo clínico e membro da Comissão de Ética da Secretaria da Fazenda de São Paulo, Mário Augusto Porto. A mediação foi feita pela advogada especializada em diversidade e inclusão, Marina Ganzarolli, presidente da ONG Me Too Brasil.