O livro Polícia Ambiental, organizado pelo comandante da PM Ambiental, Cel. Alberto Sardilli, com fotos do Major Luiz Augusto Pacheco Ambar,  foi lançado na terça-feira (3/04), no Museu da Casa Brasileira, com a presença do Secretário do Meio Ambiente, Maurício Brusadin, do secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho e de muitos convidados, interessados na nova publicação. Ao contrário do que o título indica, esse não é apenas um livro sobre o efetivo da Policia Militar que atua em conjunto com a Secretaria do Estado de São Paulo na defesa das unidades de conservação, da flora e da fauna, assim como da própria população.  Por meio de fotografias, a publicação reúne um pouco da rotina diária desse contingente, sempre focado na proteção ambiental, e respondendo em boa parte pela sobrevivência de diferentes espécies de plantas, animais e aves que ainda encontram abrigo no território paulista.

O prefácio do livro lembra que o Brasil é considerado o país com maior concentração de diversidade biológica e, contribuindo com essa riqueza, está o Estado de São Paulo com sua ampla e exuberante fauna. “O Policiamento Ambiental tem a missão de proteger as florestas e seus habitantes, contribuindo para que a flora e a fauna coexistam num perfeito equilíbrio natural, considerando que as florestas e os animais silvestres não sobrevivem um sem o outro.”

O destaque é feito por Sardilli ao lembrar que esse trabalho tem uma importância universal. “Enquanto outras modalidades de policiamento protegem nossas individualidades, como a vida, o patrimônio ou o trânsito, nós da Polícia Ambiental protegemos o meio onde vivemos. Protegemos a natureza que nos cerca: os animais do nosso ecossistema, o ar que respiramos, as águas que nos abastecem. Em um mundo onde a poluição e a degradação ambiental estão colocando em risco o futuro de nossos filhos, nós do Policiamento Ambiental temos a missão de assegurar um mundo melhor para as próximas  gerações”, enfatiza o comandante.

Polícia Ambiental em números

A Polícia Ambiental de São Paulo atua nos 645 municípios e em todo o litoral paulista. Com as atividades iniciadas em 14 de dezembro de 1949, atualmente é considerada a maior força policial estadual voltada à proteção da natureza da América Latina. Com 116 unidades de atendimento integradas e com um efetivo de mais de 2.200 homens e mulheres, a PA atua em conjunto com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e conta com mais de 400 viaturas, embarcações e motocicletas, além de helicóptero, dedicados à fiscalização e monitoramento de todo o Estado e, em especial, da Serra do Mar, dos chamados mosaicos da região, assim como do litoral.

Conta também com recursos de monitoramento por satélites e veículos aéreos não tripuláveis, para atingir locais de difícil acesso, atuando de maneira especial nas regiões de relevante interesse ambiental, como nas Unidades de Conservação do Estado, que juntas somam mais de 760 mil hectares. Além disso, a integração ao MAIS – Monitoramento Ambiental por Imagens de Satélites – permite que cada um dos cerca de 24.800.000 hectares de todo o território paulista seja monitorado entre cinco e doze vezes ao ano e que qualquer desmatamento com áreas superiores a 0,3 hectares seja localizado e fiscalizado em campo.

Como resultado, apenas em 2017, a Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, realizou um total de 116.285 intervenções policia, sendo 2.945 na área rural; lavrou 23.356 autos de infração, que resultaram em 247 milhões de reais em multas aplicadas. No mesmo período, foram apreendidos quase 30 mil animais em situação irregular, 210 balões e fechadas 21 fábricas clandestinas desse artefato que representa grande perigo de incêndio para as matas e zonas urbanas. A Polícia Ambiental é também uma das unidades da PM que mais apreende armas em todo o Estado, tendo capturado 680 desses artefatos apenas em 2017.

Texto: Eli Serenza
Fotos: Pedro Calado
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O secretário Maurício Brusadin recebe o livro das mãos do comandante Alberto Sardilli e do Major Luiz Augusto Pacheco Ambar, idealizadores da publicação